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Eu vou sempre atrás dos meus ideais, mas nos últimos dias acho que eles estão correndo de mim, ando meio cansada de correr, correr, correr e mesmo com todo esforço não conseguir os objetivos.
Quero ver mudanças na minha vida, mas só vejo a mesmice me dizendo bom dia. Muito ruim querer mudar a vida e não conseguir.
Uma pequena homenagem a Saramago, lembra-lo aqui neste dia de despedida, com a certeza de que ele já esta eternizado!
Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.
Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.
Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.
Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo
Chegou a tão esperada mundial, por mais que não se queira, todo mundo respira copa do mundo. São jogos e mais jogos, contas e mais contas, e enquanto o mundial não acabar só se fala em futebol. Agora é só torcer pra taça do mundo ser novamente nossa.
Meu lado RP planeja, faz metas, cria objetivos, talvez por este motivo escolhi o curso, só sei que eu sou assim, alguém que normalmente antes de fazer pensa nas conseqüências, nos custos, nos imprevistos, avalia o que esta acontecendo e pensa no que é melhor fazer para mudar as situações. Resultado disso é que apesar de pensar e planejar eu sou uma pessoa prática. Eu não vou perder meu tempo em algo que vejo que não tem muito futuro, não gosto de gastar minha energia em situações que são incertas. Por ser tão metódica, ou taurina como dizem, preciso de segurança, não gosto de pular de cabeça em nada que não tenha segurança.
Tem um provérbio que acredito eu que seja oriental que diz: não se mede a profundidade de um rio com os dois pés, e levo isso tão a sério que se entrar numa piscina pela primeira vez não pulo, eu desço pela escada e sinto se ela é rasa ou funda. Na minha vida sou assim, apesar de brincar muito e tentar sempre ser gentil com as pessoas, eu primeiro sou desconfiada, vejo se a pessoa tem os mesmos interesses que eu, vejo se temos alguma afinidade, dou oportunidade da pessoa mostrar quem é, e se eu ver que há profundidade (ou seria superficialidade?), eu recuo discretamente e mantenho a distancia necessária para manter uma cordialidade sem ter que conviver muito perto.
Isso me livra de muitas armadilhas, apesar de nem sempre me livrar das decepções, pois apesar de planejar, de avaliar riscos, e de pensar nos imprevistos da vida, sou humana, e sou otimista, eu sempre acredito que uma pessoa tem o melhor para oferecer, cabe a ela me mostrar que é diferente de mim e o que predomina é algum lado ruim ou incompatível com a minha personalidade.
Talvez isso faça com que eu seja mais pé no chão, tento conviver com as pessoas, sabendo que elas não servem para acompanhar minha, para eu dividir a minha vida, compartilhar de minhas alegrias, essas coisas eu deixo pra fazer com aqueles que alcançaram a meta, e mostraram ser honestos e verdadeiros.
