EU RUMINO, E VOCÊ?

Eu rumino, no sentido figurado, lógico, mas rumino, de forma abstrata como se fosse de forma concreta.
Eu pego meus sentimentos, meus problemas, minhas indagações, e rumino. Minhas reações são inesperadas por causa deste ruminar. Primeiro eu coloco pra fora, sem grandes alardes, depois eu volto aquilo pra mim, e começo a pensar, a remoer, a me indagar, e pensar nas possibilidades, e aquilo demora dias, semanas, talvez ate meses, não dá pra engolir qualquer coisa, então é necessário pensar bastante, tentar absorver todas as partes, compreender tudo o que acontece, e imaginar o que aquilo tem de bom para contribuir comigo.
Eu não rumino pelo prazer de ruminar, eu rumino porque não sei ser de outra forma, eu não sou do tipo que simplesmente berro e pronto, tudo acabou, coloquei tudo pra fora, não, evito os gritos, prefiro engolir seco e ir pensando sobre o assunto.
Ruminar é bom, porque me leva a refletir bastante, me leva a pensar sobre as coisas de forma calma, a não reagir de forma impulsiva, a fazer as coisas de forma mais racional.
Ruminar é ruim, porque as vezes dói a cada vez que se pensa na coisa a ser ruminada, porque leva a um martírio diário, porque algumas coisas descem como espinhos.
Mas ruminar é preciso, pois só depois de ‘mastigar’ um assunto várias vezes é que você consegue compreender uma situação, que você consegue entender cada detalhe, que em um impulso, passaria despercebido, só ruminando que você consegue enxergar com a razão e não com a emoção.
Então, é por isso que eu rumino, e você?